terça-feira, 24 de abril de 2012

ATITUDES QUE NOS LEVAM A VITÓRIA

ATITUDES QUE NOS LEVAM A VITÓRIA - Josué 14: 6 a 14. 1º Calebe guardou a Palavra do Senhor: Calebe ouviu a Palavra do Senhor, com relação a promessa e a guardou em um lugar muito seguro, dentro do mais íntimo de seu coração, como quem guarda uma jóia preciosa em um cofre, foi assim que ele fez. Para quem guarda as palavras do Senhor em seu coração, para estes, muitas e ricas bênçãos estão separadas. 2º Calebe tinha discernimento espiritual: Moisés da posição em que ele se encontrava, não dava ouvidos a qualquer voz que vinha. Seja você sábio e saiba discernir aquilo que é joio do que é trigo e você com certeza vai ouvir a voz de Deus, falando ao seu coração. Não se deixe levar por aquilo que qualquer um fala, medite na palavra e veja se realmente é a voz do Senhor. 3º Calebe tinha Personalidade: Calebe falava o que ele sentia, mesmo que a maioria estivesse contra ele, como aconteceu, quando foram relatar a Moisés, sobre a espionagem na terra prometida. Quem tem personalidade, tem AUTONOMIA em suas decisões. 4º Calebe considerou as pessoas: Calebe era uma pessoa que tinha mesmo Deus no coração, pois mesmo, o povo dele, mesmo os irmãos dele, discordando dele, na questão do relatório a Moisés, ele de forma alguma, falou mal, murmurou, ou amaldiçoou a eles, muito pelo contrário. Moisés continuou considerando-os como irmãos e povo do seu sangue. 5º Calebe aprendeu a Depender de DEUS: Dependa completamente do Senhor, como o salmista fala no Salmo 104. TUDO que acontece, é por que DEUS assim permite, não cai um fio de cabelo da sua cabeça, sem que DEUS não saiba. Passe então a depender em tudo, em tudo mesmo, até nos por menores da sua vida e você vai ver que Deus se importa com você, até nos mínimos detalhes. 6º Calebe Confiava nas promessas de Deus: Mais umas coisas aprenderam com Calebe, CONFIAR nas PROMESSAS de DEUS, para nossas vidas, mesmo passando 45 anos após a promessa feita, Calebe, não perdeu em nenhum a confiança em Deus. 7º Calebe era um homem CHEIO de Esperança: (Esperança = A confiante perseverança no futuro.) Aprendemos com Calebe, a sermos cheio de esperança. 8º Calebe aprendeu a reivindicar na hora certa: Aprenda a reivindicar as suas promessas na hora certa, no momento certo, peça a Deus, que a promessa seja dada a você no tempo de Deus. Não seja, como o filho pródigo, que reivindicou a sua herança no momento errado, na hora errada, e como castigo disso tudo, quase terminou sua vida comendo o resto da comida dos porcos, saiba reivindicar sua benção no momento certo, para que sua benção, não se torne maldição. 9º Calebe não teve medo das ADVERSIDADES: Calebe não teve medo dos gigantes, das adversidades, dos problemas, do tempo, dos pessimismos, das angústias. Ele com confiança no Senhor, enfrentou a todos esse obstáculos, e superou todos eles. Calebe era muito corajoso. (CORAGEM = DOMÍNIO do medo / RESISTÊNCIA do medo / NÃO AUSÊNCIA do medo) Calebe sentia medo, mas com a ajuda do Senhor, ele resistia e dominava o medo. Ele teve medo dos gigantes, mas os enfrentou. Ele teve medo das cidades fortificadas, mas foi assim mesmo foi enfrentá-las. Pr. Paulo

segunda-feira, 26 de março de 2012

Saiba mais sobre a situação de Said Musa

17 mar 2012Afeganistão
Said Musa foi preso em Kabul no dia 31 de maio de 2010. Em sua primeira detenção, ele passou nove meses preso, foi espancado e maltratado. Depois disso, ele conseguiu o direito de enviar cartas e também recebeu a autorização de deixar o país com sua família

A única maneira de Said Musa continuar vivendo no Afeganistão seria a de renunciar a sua fé em Cristo e voltar ao islamismo, mas ele optou por não fazer isso.
Said e sua família, agora vivem em um pequeno apartamento em outro país e todos eles estão tentando se adaptar a esse novo contexto. Todos os filhos deles estão indo à escola. Uma das crianças é deficiente e por isso recebe cuidados especiais e está matriculada em uma escola para crianças com necessidades especiais.

Quando eles chegaram ao novo país, receberam todo o cuidado médico necessário. Desde então, estão recebendo este tratamento regularmente. No momento estão procurando uma igreja para congregar.

Eles estão enfrentando o desafio de lidar com o passado, o sentimento de perda e de rejeição por não poder viver em seu próprio país, o choque cultural ao se mudarem para lugar onde não conhecem os costumes ou a língua, a solidão de deixar amigos e familiares para trás, a incerteza de não saberem se no futuro as coisas continuarão como estão agora. Tudo isso não é apenas um desafio para Said Musa, mas também para a sua esposa, que não fala inglês.

Said Musa está muito agradecido por tudo que fizeram por ele e por sua família. No entanto, ele está lutando muito nesse período de transição; não conseguir falar a língua corretamente e não ter um emprego são seus maiores desafios. Ele disse, “estou procurando um emprego e também uma igreja para congregar. Eu tive que deixar para trás o ministério que Deus me deu quando estava em meu país”. Said Musa, que teve que amputar sua própria perna depois de ter pisado em uma mina terrestre, trabalhava com terapia ortopédica em Kabul, capital do Afeganistão.

Ele se tornou um cristão porque ficou fascinado com o fato de duas mulheres cristãs terem ajudado sua vizinhança após um atentado a bomba. O fato das mulheres terem se colocado a disposição para ajudar pessoas que não tinham nenhum parentesco ou relacionamento íntimo com elas, foi um fenômeno muito estranho para ele, que começou a questionar algumas coisas.

Finalmente ele conseguiu uma Bíblia e percebeu que ela falava a verdade. Musa disse: “era como se houvesse um fogo no meu coração pela verdade”. Ele começou a participar de pequenos grupos com outros cristãos. Em 2010 Musa foi acusado e preso por causa de sua nova fé.

Quando ele estava entrando em desespero na prisão, Jesus apareceu a ele em um sonho/visão para mostrar que Ele sempre estaria junto com Musa. Essa experiência renovou as forças dele. Essa mudança de atitude foi perceptível aos outros prisioneiros e aos guardas. Várias pessoas começaram a dar ouvidos a ele, mas outros continuavam a rejeitá-lo e humilhá-lo. Uma vez, ele foi convidado por dois rapazes que estavam usando drogas para conversar, pois ele se mostrava uma boa influência. De todas as pessoas que haviam na prisão, os guardas escolheram justamente Musa para dar conselhos a eles.

Disseram-lhe uma vez: “o que você diz é a verdade! Se as pessoas soubessem escolher, 75% delas escolheria seguir a Jesus”. Depois que a pessoa que falou isso foi liberta, ela voltou à prisão para visitar Musa e trouxe frutas e sucos para ele.

Pedidos de oração

•Ore para que a família de Musa possa conseguir sua casa própria, para que ele consiga um trabalho, para que consigam se adaptar ao seu novo país.

•Ore para que Said Musa encontre, no tempo certo, seu ministério de compartilhar o evangelho em sua própria língua para os refugiados do país.

•Ore por esse período de transição para eles; para que a paz e a coragem sobrepujem as incertezas.

•Ore para que as crianças se adaptem bem com a nova cultura.

•Ore para que eles sintam a presença de Deus em suas vidas, Seu conforto e força para enfrentarem os desafios que virão. portas abertas

segunda-feira, 19 de março de 2012

Última Palavra: A Motivação Correta Para o Casamento

Por: Pedro Arruda

De maneira geral, admitem-se três possibilidades como motivação para o casamento:
(1) casar para ser feliz;
(2) casar para fazer o outro feliz;
(3) casar para responder à vontade de Deus.

Poucos assumem a primeira possibilidade, pois ela explicita o egoísmo. A segunda dá um tom mais nobre, mas, no fundo, também pode estar contaminada com o mesmo egoísmo, embora mais sutil, uma vez que, se o outro for feliz, isso também me fará feliz. De qualquer forma, ambas se mostram falsas, já que ninguém tem o poder de fazer o outro feliz. A única fonte legítima de felicidade está em fazer a vontade de Deus que é boa, agradável e perfeita. A felicidade não é algo que se pode buscar ou conquistar, mas apenas desfrutar como consequência do nosso procedimento, à medida que somos autênticos em viver de forma que atenda às expectativas de Deus a nosso respeito.

Ninguém é fruto do acaso, pois nossa existência é resultado de uma intenção do Criador (Sl 139). Viemos ao mundo para cumprir um propósito divino, para o qual somos capacitados por Deus (At 17.24-28). O casamento é um dom de Deus e um dos principais recursos para nos capacitar para nossa missão (Mt 19.11). É assim desde o princípio, pois Adão teria sido incapaz de cumprir sua missão de multiplicar-se, encher a terra e dominar sobre ela se Deus não lhe houvesse providenciado Eva para o casamento. Portanto, o casamento não é um fim em si mesmo, mas faz parte da vocação pessoal. Apesar disso, não deve ser encarado como uma obrigação, pois, embora não seja sua finalidade primária, a felicidade vem infalivelmente a todos os que o fundamentam nos propósitos de Deus.

Somente o homem que conhece a sua missão pode ter uma companheira em submissão. Saber o que vai fazer na vida é condição sem a qual é impossível guiar a si mesmo e, pior ainda, pretender guiar outros que lhe sejam atrelados. Esse conhecimento antecede a escolha do cônjuge, pois é preciso saber se o candidato está disposto a trilhar o mesmo caminho. Muitos, em sua ânsia de conquistar o parceiro, oferecem um caminho imaginário, feito somente de coisas boas com conquistas inalcançáveis, criando falsas expectativas que jamais poderão ser cumpridas.

Isso é a frustração já previamente decretada.

“Conhece-te a ti mesmo”, ensinava o filósofo Sócrates. Entretanto, somente quem nos criou pode revelar nossa verdadeira identidade. Ou seja, somente somos verdadeiros à medida que somos o que Deus pensou ou planejou para nós. Isso requer “olhar para nós mesmos com o olhar de Deus”. Do contrário, ficamos sujeitos à arrogância humana com a pretensão de cumprirmos um papel que não nos foi designado, vivendo uma mentira.

Comumente, pensamos em vocação como um chamado de Deus para fazer algo restrito ao que denominamos de atividade ministerial. Entretanto, encontrar a vocação significa descobrir a razão para a qual nascemos, abrangendo a vida como um todo. Não é apenas algo a ser feito, mas o motivo de nossa vida, em conformidade com o que Deus propôs para ela.

Os dons que o Senhor nos confiou estão diretamente ligados à nossa missão. É uma questão de mutualidade e não de conflito. Assim sendo, o casamento não faz competição com o ministério ou qualquer outro projeto na vida, mas antes de tudo é um recurso essencial à realização de nossa vocação.

Devemos ter em conta que, numa mesma escolha, se incluem o cônjuge e o parceiro de ministério como instrumento que Deus certamente usará para nos dotar de sua mentalidade. A prioridade de Deus é transformar nosso coração para que se torne semelhante ao dele, independentemente das nossas realizações, ou seja, do sucesso que pode ser mensurado numericamente. Atitudes contrárias ou indiferentes que o cônjuge pode apresentar não devem ser interpretadas apenas como oposição ao ministério ou um obstáculo a ser superado, sob o risco de se desprezar o mais eficiente recurso de Deus para nosso quebrantamento, o que evitará o orgulho. Então, até mesmo a oposição do cônjuge deve ser motivo de louvor a Deus, pois “crer em Cristo significa também pensar como ele. Isto é, vencer perdendo, viver morrendo, receber doando”.

Sabemos que todas as coisas, sem exclusão daquelas que nos parecem desagradáveis, contribuem para o bem daqueles que amam a Deus e que são chamados segundo o seu propósito (Rm 8.28). Contudo, elas estão atreladas ao propósito de Deus e não às nossas intenções particulares. Isso deve nos causar ainda mais “temor e tremor” (Fp 2.12) na hora de escolher o cônjuge, já que não estamos escolhendo alguém para fazer nossa vontade e, sim, a vontade de Deus. Nossa expectativa no casamento é alcançar a satisfação de Cristo acima da nossa, pois a satisfação dele é a única capaz de resultar em felicidade pessoal.

Ao sujeitar a escolha do parceiro à vontade de Deus, muitos receiam que isso venha anular a própria vontade ou que exclua o romantismo do relacionamento. Porém, se considerarmos que “a vontade de Deus não pode ser diferente daquilo que ele é, ou seja, o seu querer não pode separar-se da sua natureza que é amor”, esses temores cairão por terra. Como pode alguém que se diz romântico, querer evitar a participação de Deus que se revela romântico por excelência?

Nota: este texto está, em grande parte, baseado no livro O Caminho da Vocação Cristã, de Marko Ivan Rupnik, Editora Edusc, do qual foram extraídas e adaptadas as frases entre aspas e destacadas em itálico. Trata-se de uma obra no estilo de O Monge e o Executivo, na qual um casal de noivos recebe aconselhamento para encontrar a vontade de Deus, com a liberdade de expor seus conflitos existenciais e espirituais sobre esse assunto. É uma leitura que recomendamos a todos, pois o seu benefício vai muito além daqueles que estão nesta fase da vida.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Deus se recusa a encaixar em nosso “esquema”! por Harold Walker

“Porque, assim como o céu é mais alto do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos” (Is 55.9).

Você já pensou sobre o fato de que em algum momento de sua vida, talvez quando menos espera, você deixará tudo que está fazendo, todos os projetos em andamento, todos os planos e sonhos sem realizar, e partirá para a eternidade?

Além disso, você já pensou, que no fim de mundo, isso acontecerá com todos os seres humanos ao mesmo tempo? “…porque numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem” (Mt 24.44).

Dificilmente acontece com alguém como aconteceu com Moisés – uma morte anunciada! “Naquele mesmo dia falou o Senhor a Moisés, dizendo: Sobe a este monte de Abarim, ao monte Nebo… e morre no monte a que vais subir…” (Dt 32.48-50). Na verdade, a morte de Moisés foi muito mais do que uma morte anunciada – foi um ato de obediência a uma ordem direta do Senhor!

Fiquei pensando sobre isso esses dias. Se vou ter que abandonar todas minhas atividades e projetos em algum momento desconhecido a mim, qual o valor real disso tudo? Será que Deus despreza tudo isso e tem valores diferentes dos meus? E se isso é verdade, quais seriam esses valores? Não seria muito mais eficiente eu largar todo o meu esquema e entrar totalmente no esquema dele?

E não estou pensando apenas na morte, no momento final quando Deus nos chama para fora desse mundo temporal. Quantas vezes Deus interrompe a rotina de alguém sem a menor cerimônia e introduz uma direção completamente diferente! Quantas vezes uma resposta a orações perseverantes de muitos anos chega e a pessoa se encontra tão envolvida com seus alvos imediatos, seu esqueminha de cada dia, que ela nem se apercebe da resposta tão ardentemente desejada!

Não ouso pensar que sei as respostas completas a essas indagações. Sinto apenas algumas dicas que poderão ser úteis para alguém. Penso que Deus não despreza nossas rotinas diárias, nossos esqueminhas de formiga. Pelo contrário, acredito que ele faz algumas de suas maiores obras e de efeito mais duradouro usando nossas ações corriqueiras do dia-a-dia como cenário. Ele é Deus e nós somos seres humanos. Ele tem os seus caminhos e nós temos os nossos. Precisamos apreciar os dele mas não somos Deus e nem devemos tentar ser. Ele respeitou tanto a nossa humanidade que se tornou homem como nós.

Após o dilúvio, Deus colocou o arco-íris no céu como sinal de sua aliança de que nunca mais destruiria a terra com um dilúvio. Ele não queria que o homem vivesse sempre atemorizado, aterrorizado, a ponto de não conseguir estabelecer uma rotina de vida. “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8.22).

Portanto, por um lado o próprio Deus se declara a favor de uma rotina saudável, uma ordem natural de causa e efeito. Por outro lado, ele alerta que essa rotina pode se transformar em uma armadilha, uma hipnótica canção de nanar, que nos rouba o verdadeiro sentido da vida, os valores eternos que deveríamos buscar. “Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos; assim será também a vinda do Filho do homem” (Mt 24.38,39).

Resumindo: Penso que precisamos de nossas rotinas, nossos esquemas, nossas esperanças, nossos sonhos, nossos projetos. Devemos trabalhar neles com afinco, dedicação e diligência. Mas não devemos pensar que eles constituem nosso destino, nossa razão de existir. A função deles é apenas para formar um contexto, um cenário, onde algo muito mais importante do que eles está acontecendo. No meio dos nossos caminhos Deus quer nos revelar os seus. De fato, é pelo contraste entre os dois que aprendemos a discernir a presença dele. Os seus caminhos são tão mais altos dos que os nossos, que ele pode invadir e atrapalhar o andamento dos nossos a qualquer momento que será um lucro tremendo. Deus nunca precisa entrar em nosso esquema. Ele é tão louco (aos nossos olhos) que planejou nos introduzir no esquema dele! Se formos fieis no esquema terreno, minúsculo, de formiga, de agora, ele nos colocará depois no seu esquema divino e eterno!

“Muito bem, servo bom e fiel; sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor” (Mt 25.23).

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O Início da Jornada de Um Novo Casal

Por: Ezequiel Netto

DEFEITO DE FABRICAÇÃO NOS AUTOMÓVEIS

Há poucos anos, por causa de um defeito na fabricação dos pneus, um número considerável de automóveis Ford Explorer capotava sem nenhuma causa aparente, causando mortes e sérias consequências aos ocupantes do veículo. Esse fato quase levou o fabricante à falência, por conta do pagamento de indenizações aos familiares das vítimas. Outro fato semelhante aconteceu com os automóveis Fiat Tipo, que pegavam fogo sem nenhuma explicação. Ninguém quis mais comprar esse carro, e o mesmo foi tirado de linha. Atualmente, vemos na mídia problemas semelhantes com o Fiat Stilo, que solta a roda traseira, e o Toyota Corola, que prende o pedal do acelerador, ambos causando acidentes fatais aos ocupantes.

Imagine, então, o que aconteceria se 50% a 75% dos automóveis 0 Km, em todo o mundo, se desintegrassem completamente logo no primeiro ano de uso? Você ainda teria coragem de comprar um automóvel?

O QUE ISSO TEM A VER COM CASAMENTO?

Esse fenômeno vem acontecendo com muitos casamentos que se desintegram logo no início de sua história. Entretanto, parece que poucos se importam ou tomam providências para mudar as estatísticas catastróficas.

Eu gostaria de considerar algumas ferramentas importantes, à nossa disposição, para evitar que isso continue acontecendo.

1. Os novos casais precisam receber conselho dos mais velhos

Um fato observado é que muitos conselheiros perderam completamente a esperança e não querem mais instruir aos namorados e noivos quanto ao casamento. Os jovens também não gostam de receber conselhos nessa área, achando que não precisam de ajuda, que o amor que sentem é capaz de superar qualquer obstáculo e que, afinal, já estão ocupados demais com outras coisas.

Acredito que pais e mães já ouviram muitas vezes frases como: “me poupe, mamãe”, “vocês não estão entendendo nada”, ou “deixem que eu resolva isso”.

Uma decisão que influenciará toda a vida futura de um casal nunca deveria ser tomada sem a ajuda de pessoas mais experientes.

2. Também, precisam manter intimidade com Deus

Em relação a Deus, muitos preferem deixá-lo de lado nessa hora, praticamente o tratando como se fosse um ser idoso que não entende os assuntos da atualidade, especialmente da juventude, ou, até mesmo, para não perturbá-lo, já que ele tem de ouvir a oração de milhões de pessoas em todo o mundo. Em suma, é como se esse assunto não tivesse muita importância para ele.

Contudo, a Bíblia nos orienta a apresentarmos todas as nossas necessidades diante de Deus, principalmente aquelas que afetam de forma mais profunda o nosso futuro e o de outras pessoas.

3. Atenção exagerada na cerimônia de casamento

Outro elemento que acontece com alguns casais é a tendência de passar mais tempo preparando a cerimônia das bodas do que se preocupando com o casamento propriamente dito. Como resultado, muitas cerimônias belíssimas são seguidas de uma vida sem harmonia, sem acordo, sem fundamento. A ocasião do casamento é usada, muitas vezes, para impressionar os outros com a posição social e o sucesso financeiro.

Em contrapartida, para os cristãos, o casamento pode ser um culto de louvor, um testemunho da dedicação mútua do casal a Cristo. Essa mensagem se perde, com demasiada frequência, em meio às flores, aos fotógrafos, padrinhos, listas enormes de convidados e festas dispendiosas.

4. Falta de preparo para assumir novas responsabilidades

A instabilidade no casamento é gerada principalmente pela falta de preparação das pessoas que se casam. Baseados principalmente sobre a atração sexual, o desejo de escapar de uma situação doméstica difícil, um sentimento de amor muito emotivo ou qualquer outro motivo superficial, muitos relacionamentos são frágeis demais e se mostram incapazes de sobreviver às pressões, aos desafios e às tempestades da vida diária.

As diferenças entre o casal não podem ser negligenciadas quando o casal planeja sua vida a dois, mas no período de namoro não se costuma dar muita importância a isso. Esse período é um tempo precioso para que o futuro casal possa conversar sobre seus projetos de vida, suas expectativas, seus valores e sentimentos, e aproveitar para ouvir o conselho de líderes e pessoas mais maduras e orar junto.

Além do fato de não saberem administrar as diferenças, a imaturidade pessoal acaba gerando insensibilidade. A desintegração do matrimônio não se inicia, geralmente, com “comportamento conscientemente maldoso”, mas com aquilo que cada um deixou de dizer ou fazer. Os primeiros passos para a destruição resultam, na maioria das vezes, de omissões.

5. Expectativas frustradas

Muitos casais esperam que suas expectativas sejam alcançadas de imediato e ficam desapontados ou desiludidos quando isso não acontece. Não compreendem que uniões significativas se solidificam vagarosamente e exigem esforço. As expectativas só podem ser satisfeitas mediante uma atitude de esforço recíproco. Tal aprendizado é lento…

O casamento é um relacionamento em que as necessidades serão satisfeitas somente se cada um aprender a dar incondicionalmente para o outro. Quando uma das partes apresenta características de egoísmo, atitude crítica, impaciência, espírito competitivo ou luta para alcançar proeminência, os problemas só vão se agravar.

Meu casamento passou por muitas tempestades, e não faltaram oportunidades para desistir de tudo. Mas quando nos casamos, fizemos um voto de que seria como se fôssemos para uma ilha deserta e tocássemos fogo no barco. Todos os problemas que surgissem teriam de ser enfrentados e solucionados. Esse passo foi fundamental para a solidificação progressiva do nosso relacionamento.

6. A necessidade de um “recall”

Quando já estamos sentindo na pele todos esses problemas apresentados, quando estamos no meio da tempestade, devemos seguir o exemplo das montadoras de automóveis: faça um recall! Devemos voltar para quem nos criou, deixar que ele nos conserte, que troque as peças que estão com defeito.

O cristianismo é tremendo! Só ele oferece a possibilidade de arrependimento e perdão, zerando a nossa conta. Esse negócio de “você precisa carregar esse carma” ou que tudo só será resolvido em outra encarnação é uma grande mentira. Não precisamos dessas ideias. Deus nos dá a oportunidade de resolvermos tudo agora. Não podemos perder essa chance!

UM CHAMADO PARA TODOS – UM PEDIDO DE AJUDA

Não existe o casamento perfeito. Quem é muito bom em um quesito sempre deixa a desejar em outro. E, quando duas pessoas vindas de famílias diferentes, cada uma com seus hábitos e estilo de vida peculiares, passam a viver em conjunto, muitos ajustes têm de ser feitos. Verdades que antes eram absolutas, agora são questionadas. Diariamente, precisam abrir mão de valores pessoais e ceder em alguma questão. Vão atravessar problemas e precisar de ajuda. Necessitarão de amizades verdadeiras, de orações, de ter quem as oriente e, quem sabe, até de algum dinheiro emprestado. Vão precisar dos pais, dos amigos, da igreja, de Deus.

Deus quer contar com pessoas que tenham verdadeira compaixão pelos novos casais, com disposição de colaborar para que tudo corra bem com eles, que lutem para que os casamentos durem por toda a vida. Quem sabe este não seja o ministério que você tanto procurava? E então?

Esse texto foi baseado, em parte, num capítulo do livro Aconselhamento Cristão, Edições Vida Nova, de Gary Collins.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Escolhendo um Cônjuge

Por: Stephen Kaung

A família não é uma ideia humana – é um conceito divino. Faz parte integral do propósito de Deus na criação e, também, na redenção. De acordo com Atos 16.31, é a unidade básica para a salvação:
“Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa”.

Sendo a família algo tão importante, sua formação deve ser tratada como um assunto muito sério. Se quisermos ver o propósito de Deus cumprido na família, se quisermos ver a glória de Deus manifesta na família, devemos ser cuidadosos, diante do Senhor ao formarmos uma família.

Isso é muito importante, pois a escolha do cônjuge não afetará somente o futuro de sua família, mas também a segunda geração e, talvez, ainda outras. Pode influenciar a Igreja, a sociedade e, assim, todo o mundo; mais do que isso, pode afetar o propósito e a glória de Deus.
Há uma história muito bonita na Bíblia a respeito de como escolher um cônjuge, que gostaríamos de usar como ilustração. Encontra-se em Gênesis 24.

O Casamento se Origina em Deus

Em primeiro lugar, descobrimos que foi Abraão quem iniciou a busca pela esposa para Isaque. Abraão, nessa história, representa Deus. Deus é o originador do casamento, é o originador da família. No início, quando criou o homem, ele disse: “Não é bom que o homem esteja só. Far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (Gn 2.18). Em relação a tudo o que diz respeito ao casamento, à união entre duas pessoas, precisamos reconhecer que a iniciativa deve vir de Deus.

Física e psicologicamente, quando o jovem chega a determinado ponto, ele começa a sentir necessidade de uma companheira, de uma família. Diante disso, ele pode pensar: “Essa é uma necessidade humana. Por isso, devo sair por aí e tentar supri-la”. Como cristão, porém, você deve lembrar-se de uma coisa: essa necessidade vem de Deus. Ele o criou de maneira tal que sinta essa falta.

Como é algo que vem de Deus, a primeira coisa a fazer não é tentar supri-la por conta própria, mas voltar-se para ele e dizer-lhe: “Senhor, tu colocaste essa necessidade dentro em mim; agora, tu deves supri-la. O Senhor vai encontrar o cônjuge certo para mim. Estou esperando que tu escolhas meu cônjuge”.

Em certo sentido, somos nós que escolhemos; mas em outro, não. É Deus quem escolhe nosso cônjuge. Por isso, não pense que é embaraçoso levar tal assunto a ele. Como crentes, gostamos de levar cada problema que temos a Deus; essa, porém, dentre todas as nossas necessidades, é uma que afetará toda a nossa vida.

Vá à Minha Terra Natal

Abraão chamou seu mordomo e o fez jurar, dizendo: “Não tome mulher para meu filho dentre as mulheres dos cananeus onde eu habito agora. Volte à terra da minha parentela e tome de lá uma esposa para meu filho”. Aqui descobrimos o segundo princípio.

O servo de Abraão representa o Espírito Santo. O propósito é de Deus, e o Espírito Santo é quem opera. Se encomendar esse assunto a Deus, você descobrirá que o Espírito entrará em ação. Porém, se não o encomendar ao Pai Celestial, o Espírito Santo não terá a oportunidade de trabalhar em seu favor. Nesse caso, você terá de trabalhar por si mesmo. Quantos jovens estão se matando de trabalhar nesse assunto! Quão facilmente são enganados; quão facilmente caem em uma armadilha e não conseguem livrar-se dela! Mas, se levarmos esse assunto ao Pai Celestial, o Espírito Santo agirá por nós.

O servo, então, começou a agir. Havia um princípio claro: “Não tome esposa dentre as mulheres dos cananeus, mas volte à minha terra natal”. Deus nos deu um limite, uma esfera de ação. Dentro desta esfera, o Espírito Santo procurará um cônjuge para você. Se você tentar sair desse limite, o Espírito Santo não estará lá trabalhando em seu favor. O limite é: vá para minha terra natal, entre a minha parentela. Espiritualmente falando, significa que Deus estabeleceu um limite para cada pessoa dentro do qual, pelo Espírito Santo, elas podem buscar um cônjuge: entre a parentela, entre crentes, entre aqueles que são da família de Deus.

Não Vos Ponhais Em Jugo Desigual Com os Incrédulos

Em 2 Coríntios 6, Paulo diz: “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos”. Nós, crentes, somos exortados a não nos prendermos a um jugo desigual com os incrédulos, porque, numa família, num casamento, marido e mulher são colocados juntos por toda a vida. A seguir, ele dá várias razões para isso, dentre as quais queremos destacar uma.

“Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente…” No que diz respeito a nosso propósito de vida, somos o templo de Deus. Estamos aqui para permitir que Deus viva em nós e para servi-lo. Mas, no que diz respeito às pessoas deste mundo, elas servem aos ídolos, a outros interesses e senhores. Não há concordância.

Se você está se exercitando nesse assunto de encontrar seu cônjuge, não vá às filhas dos cananeus. Em outras palavras, não encontre seu cônjuge entre pessoas que não servem ao Senhor, mas entre aqueles que são da família de Deus.

Alguns dirão: “Bem, se eu tentar encontrar um cônjuge entre os incrédulos, eu posso levá-lo a Jesus”. Um dia, uma irmã foi até Spurgeon, aquele grande pregador, e perguntou-lhe: “Qual é o problema em eu me casar com um incrédulo? Eu poderia levá-lo ao Senhor. Isso não é bom?”

Spurgeon disse: “Tudo bem, vamos fazer uma coisa”. Havia uma mesa na casa. Ele pediu à jovem irmã para subir na mesa. Ela não sabia por que ele queria que fizesse aquilo, mas atendeu ao pedido e ficou de pé sobre a mesa. Então, Spurgeon estendeu a mão e disse-lhe: “Me puxe para cima”. No entanto, a irmã é que foi puxada para baixo. Ela não pôde puxar Spurgeon para cima da mesa.

Então, Spurgeon falou: “Se você quiser se casar com um incrédulo, isso é o que acontecerá. Você pensa que pode puxá-lo para cima, mas você será puxada para baixo”.

Muitas famílias terminaram em grandes tragédias porque, logo no início, aquele que era crente menosprezou a Palavra de Deus. O Espírito Santo sempre opera segundo a orientação da Palavra. Não devemos esperar que ele trabalhe por nós em desacordo com o que Deus afirma.

Contudo, se obedecemos a Deus, podemos contar com sua operação em nosso favor.

O Lugar da Graça

Observe como o servo de Abraão foi encontrar a companheira para Isaque. Mesmo na cidade de Naor, havia muitas mulheres, muitas virgens que ainda não eram casadas. O servo era um estrangeiro naquela cidade. Como iria encontrar uma mulher para o filho de seu senhor ali?

Naqueles dias, normalmente havia um poço fora da cidade ou na praça. Era o lugar para onde as mulheres iam com seus cântaros com a intenção de tirar água e levar para casa. Assim, quando o servo veio à cidade de Naor, ele sabia aonde ir. Ele foi ao poço, fez com que os camelos se ajoelhassem e, então, começou a orar.

O que o poço representa? Nas Escrituras, poço sempre indica graça. Do poço, vem água viva, o que representa o Espírito da vida. Isso é graça.

Assim, aonde o servo deve ir? Em primeiro lugar, à cidade de Naor; em segundo lugar, ao poço. Espiritualmente falando, podemos dizer que o poço é onde os crentes se reúnem, em torno do Senhor, onde podem receber a graça de Deus. É para esse lugar que você deve ir para encontrar um cônjuge. Você não deve ir a uma danceteria, a um cinema, a uma pista de corridas, a um comício político ou a uma reunião social para encontrar seu cônjuge, mas à igreja, ao local onde o povo de Deus vai buscar água, aonde vai buscar a vida de Deus. É nesse lugar que você encontrará seu(sua) companheiro(a) para a vida toda.

Se você está procurando um cônjuge, confie que o Espírito Santo o guiará e o conduzirá; porém, você precisa ir ao lugar certo. Não vá ao mundo para tentar encontrar um companheiro, vá ao povo de Deus. Lá, enquanto você busca água e aprende a servir juntamente com os santos, o Senhor lhe revelará quem é seu cônjuge. Apenas ore e confie isso ao Senhor.

Dois Extremos

Podemos tornar esse assunto de escolher um cônjuge muito espiritual ou meramente humano. Podemos ir para os dois extremos. Algumas pessoas o tornam completamente humano, deixando Deus de lado. Eles dizem: “Bem, tenho uma necessidade. É algo físico, algo que faz parte deste mundo. Sou eu que devo escolher um companheiro”. Então, eles vão em frente e tornam-se muito ativos, procurando um cônjuge. Vão a todo tipo de reunião social para ter mais oportunidades de escolher. Ficam muito envolvidos nesse assunto, mas nunca oram. Esse é um extremo.

Podemos ir, também, para o outro extremo e nos tornar muito espirituais — superespirituais, pseudoespirituais. Isto é, você confia o assunto ao Senhor e deixa tudo para ele. Com isso, você se assenta e fica muito passivo. Você nem mesmo coopera com o Espírito Santo. Isso é ser pseudoespiritual. Você sabe, em todas as coisas espirituais, precisamos ser passivamente ativos. É assim em todas as coisas espirituais. Seja lendo as Escrituras, seja fazendo outras coisas ou escolhendo um cônjuge, nossa atitude precisa ser sempre passivamente ativa. Isso significa que precisamos confiar esse assunto ao Senhor e estar alerta à direção do Espírito Santo, aprendendo a cooperar.

Caráter

O servo orou: “Quando as mulheres vierem pegar água, se eu disser: ‘Dá-me de beber’…” Lembre-se de que ele não tinha a intenção de perguntar a cada mulher. Ele poderia ficar lá perguntando a centenas de mulheres porque, provavelmente, centenas de mulheres iam ao poço pegar água. Se ele perguntasse a cada mulher, ficaria muito confuso. Ele simplesmente disse: “Senhor, quando as mulheres vierem, irei observá-las. Então, vou conversar com aquela que eu notar”.

Assim é que se escolhe o cônjuge. Por um lado, você confia a questão ao Senhor. Seu coração está aberto para ele. Você quer que ele escolha para você. Se você tem esse tipo de atitude e está orando, então comece a observar. Você não pede a qualquer um ou a todos, mas quando alguém vem e, de alguma forma, você sente que deve iniciar algo, nesse instante você pede.

Evidentemente, ao fazer isso, você levará em conta a aparência exterior. Embora a aparência exterior não seja tudo, ela revela mais do que muitos pensam. Quando o servo observava, ele avaliava diversos aspectos. Certamente, queria encontrar beleza, mas, em cada atitude, no modo dela de agir, ele descobriria muito a seu respeito. Se estivermos emocionalmente envolvidos, nos tornaremos cegos. Mas se pudermos ficar de lado e observar o que o Senhor fará, então tudo se resolverá.

E, de fato, Deus lhe respondeu rapidamente. “Eis que Rebeca veio”. Ela era muito bela e era uma virgem. Como o servo sabia? Ele não sabia.

Deus sabia. Ele apenas sabia que ela tinha boa aparência, mas, enquanto observava, o servo sentiu que havia um potencial ali. Havia mais em Rebeca do que apenas uma boa aparência. Algo mais foi revelado, talvez pelos seus modos, pelo seu jeito. Assim, quando ela tirou a água, o servo foi adiante e pediu a ela um pouco de água de seu cântaro para beber.

Observe o que Rebeca fez. Apressando-se, deitou o cântaro e disse: “Beba, e eu também darei de beber aos camelos”. Ela começou a pegar e despejar a água no bebedouro para que os camelos bebessem. O servo tinha dez camelos. Depois de os camelos terem atravessado o deserto, deviam estar muito sedentos. Para satisfazer a sede de dez camelos, a mulher teve de tirar muita água! Dar de beber a um homem velho é uma coisa, mas dar de beber a dez camelos é muito trabalho. Os camelos podem beber, beber e beber. Conseguem armazenar água para mais uma jornada distante.

Aqui você descobre que, a fim de encontrar uma esposa para Isaque, o servo estava olhando para algo além do físico. No que diz respeito ao físico, a mulher poderia ser de boa aparência. Além disso, porém, o servo estava em busca de caráter. Para uma mulher ser uma esposa, ela tem de ser compassiva, cuidadosa, generosa, amiga, hospitaleira, diligente. Essas marcas de caráter são muito, muito importantes. Para uma mulher dar de beber a um estrangeiro, isso é cuidado; mas sua compaixão e seu cuidado foram estendidos, não somente ao homem, mas também aos animais. Havia algo naquele caráter. Observe quão diligente ela era. Ela não estava tentando fazer o mínimo de trabalho possível. Ela não tinha medo de trabalhar. Era diligente e hospitaleira. Essa seria uma boa companheira para Isaque.

A segunda parte de Provérbios 31 é linda. Espero que todos os jovens solteiros a leiam muitas vezes. Lá, você descobrirá essa mulher cujo valor é tremendo. Que tipo de mulher ela é? Ela é diligente, cuidadosa, generosa. Ela abre os braços aos pobres e estende as mãos aos necessitados. Ela abre a boca com sabedoria, e a instrução fiel está em sua língua. Ela cuida da sua casa e não come o pão da preguiça. Seus filhos se levantam e a chamam de bem-aventurada. Seu marido também a louva dizendo: “Muitas mulheres procedem virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas.

Enganosa é a graça, e vã, a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada”. Isso é caráter.

Aqui, então, você descobre que, na escolha de um cônjuge, não é apenas a beleza física que conta, mas a beleza interior, o caráter. Isso é muito, muito importante. Quer seja homem, quer seja mulher, certas marcas de caráter são importantes.

O Espírito de Adoração

Durante todo aquele tempo, o servo apenas ficou ali de pé e observou. Ele apenas observava como Deus trabalharia. Quando tudo terminou, ele pegou um pendente e duas pulseiras de ouro, deu-os à mulher e disse: “Qual é seu nome? De que família você vem? Há lugar para mim, meus servos e os camelos pousarmos?”

Rebeca disse ao servo que ela vinha da família de Abraão, de Naor, e que havia pousada em sua casa. Você sabe o que o servo fez? Ele se ajoelhou e adorou a Deus. O espírito daquele servo, por todo o capítulo, é o espírito de adoração.

Não faça desse assunto algo comum, que nada tenha a ver com adoração. Não. Se você confiar esse assunto ao Senhor, se esperar no Espírito Santo, se realmente andar em seus caminhos, você verá como o Espírito de Deus trabalhará e ficará apenas como alguém que observa. Isso extrairá de você adoração. A cada passo, produzirá adoração.

Quanto da nossa procura nos leva à adoração hoje? Mas isso é o que deveria acontecer. Todo o processo deveria ser uma questão de adoração, vendo Deus trabalhar em favor do seu próprio propósito. Oh, quão belo isso será!

Stephen Kaung é ministro da Palavra, conferencista e autor de vários livros. Trabalhou durante muitos anos na obra do Senhor ao lado de Watchman Nee, na China. Além de atuar em várias outras áreas do ministério, foi tradutor e publicador de muitos livros de Watchman Nee em inglês. Reside atualmente na Virgínia, EUA.

Este artigo foi adaptado de um capítulo do livro O Propósito de Deus Para a Família, Edições Tesouro Aberto, de Stephen Kaung. revista impacto-fonte

domingo, 15 de janeiro de 2012

jonh walker


John Walker nasceu em São Francisco, Califórnia, em 25 de julho de 1922. Desde muito jovem, já mostrava sinais de que não seria uma pessoa comum. Membro de uma família capitalista e próspera financeiramente, não conseguia aceitar isso como alvo para sua vida. Queria fazer algo em beneficio da humanidade. Pensou em medicina, se envolveu com o socialismo e budismo. Fez o primeiro ano de três faculdades diferentes, as quais abandonou. Tudo isso entristecia seu pai, mas ele o respeitava e ainda arcava com todas as despesas.

Aos 19 anos resolveu frequentar uma igreja. Nesta época, em uma manhã de domingo, teve a maior visitação de Deus que já experimentou em toda sua vida. Seu quarto foi tomado por uma fusão de sons, luzes e cores. A presença divina descia por aquela luz, provocando nele um profundo sentimento de reverência. Mesmo sem uma compreensão do caminho da salvação exposto nas Escrituras, abandonou seus projetos pessoais e entendeu que Deus era a resposta para sua busca desesperada pela Verdade. Para conhecer a Deus e aprender como servi-lo, se matriculou em um seminário teológico, mas também abandonou este curso, e logo no primeiro dia – não queria ser um religioso profissional.

Dois anos se passaram e, nessa busca por encontrar o Caminho, a Verdade, a Vida, começou a sofrer uma tormenta física e mental que o acompanharia por mais três anos. Procurou ajuda na Teosofia, mas foi com o livro “Praticando a presença de Deus”, do irmão Lawrence, um monge católico, que sua vida começou a se acertar. Então, entendeu que a resposta estava no catolicismo, e começou a estudar diariamente com um padre. Em pouco tempo se decepcionou, mas desta vez recebeu um conselho de seu amigo John Manchester: “Você não precisa filiar-se à igreja católica. Retenha dela o que é bom. Continue a buscar a Deus como um católico no espírito, mas de forma independente”.

Através da leitura do Diário de George Fox, o fundador dos Quakers, compreendeu que a luz que invadiu seu quarto era o mesmo Jesus das Escrituras. Mudou-se para Pasadena, Califórnia, onde morava e trabalhava como professor em uma instituição dos Quakers. Apesar de todo seu esforço, não conseguia se santificar, mas entendia que ir para o inferno destruiria o propósito de Deus para sua vida. Nesta angustia, finalmente se rendeu ao Senhor e, como no livro “O Peregrino”, um imenso fardo caiu de suas costas, enquanto contemplava a cruz de Cristo. Esse foi o testemunho de sua conversão.

Nesta época conheceu Ruth, uma linda jovem, formada na Universidade da Califórnia, muito dedicada ao Senhor, com quem veio a se casar em agosto de 1947. Logo em seguida, foram morar em uma chácara na cidade de Bloomington, com o objetivo de viver de forma simples, fora do sistema do mundo, e buscando a Deus intensamente.
Por sugestão de Ruth, começaram a ler a Bíblia juntos, diariamente, e este hábito permaneceu por toda a vida do casal. À medida que os filhos alcançavam três ou quatro anos de idade, o altar familiar ia ganhando mais um membro. Na prática, este foi um curso bíblico intensivo e diário para os filhos, que durou até o dia deles casarem. A casa não tinha televisão e nem rádio, mas liam muitos livros. Também não admitiam a mentira.

Influenciado pelo amigo John Manchester, a família experimentou uma nova etapa na busca espiritual, tendo contato com William Branham, Oral Roberts, o movimento Chuva Serôdia e Witness Lee, onde conheceu os livros de Watchman Nee. No dia seguinte ao seu batismo no Espírito Santo, recebeu uma cópia do jornal “O Arauto da Sua Vinda”, onde trabalhou por cinco anos, após venderem a chácara, em 1956.

John Walker descobrira a importância do negativo enquanto era professor de crianças junto aos Quakers, em 1947. Mas em sua própria vida, nunca havia experimentado ou se submetido a isso, e não media consequências para fazer o que estava em seu coração obstinado.

Seu filho Robert tivera várias crises renais, mas a família entendia que deveria confiar em Deus, que curaria todas as doenças. Certa vez, em 1959, Robert e sua irmã Katharine, a filha mais velha, foram para São Francisco, passar as férias na casa de uma tia. Nesta cidade, Robert teve outra crise renal e a tia pediu autorização para operá-lo, e seu irmão John Walker negou enfaticamente, querendo trazer o filho de volta para casa. Ela, por sua vez, conseguiu autorização na justiça, e o rim do menino foi tirado. Este acontecimento foi decisivo e um dos principais motivos que provocou a mudança para o Brasil, pois John queria criar a família de acordo com sua consciência e entendimento da vontade de Deus. Outro motivo seria o desejo de proclamar a visão profética e as revelações que estava tendo na Palavra de Deus. Partiram em 4 de fevereiro de 1964, mais uma vez ajudados pelo amigo John Manchester, que providenciou o dinheiro necessário.

No Brasil, havia um missionário de nome Bob Scheibe, que providenciou todos os meios legais junto ao Consulado, para que a família pudesse vir como imigrantes e não como missionários ligados a uma instituição religiosa. Ficaram em Lagoa Santa, Minas Gerais, próximos à família Scheibe, mas a visão que Deus havia dado era para irem para Goiás. Bob Scheibe, logo em seguida, mudou para Montalvânia, na divisa de Minas Gerais com Bahia, onde John Walker conheceu Muir - um grande amigo e missionário sueco. De Lagoa Santa, a família Walker partiu para Rubiataba, Goiás, onde desenvolveram um ministério de distribuição gratuita de literatura, além de seminários intensivos. Vários lideres atuais participaram destes seminários na longínqua Rubiataba.

Podemos dizer que sua visão do propósito de Deus estava baseada nas seguintes verdades:

1. Oração e Ministério ao Senhor
2. Restauração da Ceia do Senhor, sem hipocrisia e sem legalismo
3. Entendimento do modelo de Deus para a família cristã
A importância do negativo (lei) na educação dos filhos
4. As três testemunhas (1 Jo 5.6-8)
5. As três festas judaicas, com ênfase na festa dos Tabernáculos
6. Entendimento correto de Israel no plano de Deus (Rm 11 e Ef 2.11-22)
7. A necessidade de um novo agora (Ef 3.4-6) – a 3ª. Reforma

Todos esses temas eram ensinados nos seminários e também proclamados pela família Walker através do ministério de literatura e ministrações em várias igrejas que os convidavam.

Em 1986 John Walker mudou-se para Jundiaí/SP e, a partir daí, muitos problemas aconteceram na família, provocando o enfraquecimento nas igrejas em Rubiataba e Jundiaí. Seu ministério sofreu um imenso declínio e ele permaneceu sem atividades até 1999, quando foi convidado por José Carlos Marion a ministrar um curso bíblico em sua igreja, o qual funcionou por 5 meses. Em novembro de 1999, junto com seus filhos, organizaram uma seqüência de seminários na região de Campinas, entitulado “Para onde vai a igreja no próximo milênio?”

John Walker morreu em 29/01/07 e Ruth Walker em 27/07/2008, deixando uma série de questionamentos acerca de seu ministério. Devido às crises familiares e ministeriais que marcaram seus últimos anos, muitos perguntam se ele cumpriu seu papel nos planos de Deus, como estão seus filhos em relação ao propósito original de virem para o Brasil e sobre os que estão fazendo agora.

Recentemente fiz essas mesmas perguntas para o casal Robert e Geralda Walker, que puderam contribuir bastante para que tenhamos este entendimento. Antes mesmo de começarmos a conversa, Geralda logo afirmou: “Eu devo minha vida a esta família. Foi na casa deles onde aprendi a falar até mesmo o português!”. Falou também que ouviu de uma outra nora: “John Walker foi responsável pela integridade espiritual de meus filhos” – isso porque já está tão acostumada a ouvir críticas ao seu falecido sogro. Já o Robert, enfatizou que o pai nunca conseguira trabalhar em equipe e que o comportamento quase ditatorial foi responsável pelos muitos problemas que tiveram:
• A união da família foi arrebentada
• A mensagem principal (sobre a família) fracassou
• Todas as noras tiveram problemas com ele
• Alguns filhos deixaram até mesmo de acreditar no ministério do pai
• A sra. Ruth desenvolveu uma obediência tão forte que anulou a sua própria personalidade, e pensava em termos de se John Walker ia querer ou não para tudo o que fazia.

Em relação ao ministério da família, Robert entende a comunhão com Eduardo Ávila (de Botucatu), Pedro Arruda (de Barueri), Paulo Manzini (de Jundiaí) e Gerson Lima (de Monte Mor), como uma abertura ministerial, e que estes irmãos vem contribuindo muito em relação aos problemas que a família Walker sofreu em um passado não muito distante.

Atualmente ele não entende que exista uma participação isolada da família Walker nos planos de Deus, mas que eles fazem parte do propósito de Deus para a igreja em nossos dias. A maior parte do que John Walker pregou, ele mesmo não experimentou, pois foi um homem de visão profética, muito à frente de seus dias – mas lançou poderosas sementes que germinarão e darão seu fruto em um futuro próximo. Mas este fato não tem relação nenhuma com os problemas pessoais dele, pois isso aconteceu com a maioria dos profetas bíblicos – falam de coisas que se cumprirão em tempos futuros.

Sobre o que precisamos atualmente, ele diz que a ditadura nunca é o caminho; que precisa ser corrigida a falta de unidade entre os ministérios profético e pastoral; e também que a geração atual e a anterior precisam ter mais afinidade, buscando a Deus juntas.

Através da Revista Impacto, do Curso de Preparação Profética em Monte Mor/SP e Baixa Grande/BA, dos encontros de jovens nas férias de julho e na virada do ano, e dos encontros regionais na Bahia, Rio de Janeiro e Goiás, muitas pessoas vem sendo abençoadas e testemunhando sua afinidade com os mesmos pontos enfatizados pela pregação de John Walker. Encarando com maturidade os seus pontos negativos, John Walker foi uma peça chave para a edificação da igreja no Brasil. Não tentava esconder suas fraquezas, o que deixava alguns irmãos escandalizados. Mas podemos dizer que foi um homem fiel ao chamado de Deus, e pagou um preço alto por acreditar e falar de coisas que poucos compreendiam.

em 2009, por Ezequiel Netto

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Classificação de países por perseguição 2011

Classificação de países por perseguição

CONFIRA A NOVA CLASSIFICAÇÃO DE PAÍSES POR PERSEGUIÇÃO!

Todos os anos, a Portas Abertas publica uma lista com os os 50 países mais opressores ao cristianismo. Em 2012, os cinco países onde é mais difícil viver como cristão são:
1. Coreia do Norte
2. Afeganistão
3. Arábia Saudita
4. Somália
5. Irã



A Portas Abertas desenvolveu a Classificação de países por perseguição com base em suas experiências de campo, pois precisava de algum padrão para comparar a situação da Igreja cristã em vários países. Por exemplo: como comparar a perseguição na China com a da Arábia Saudita? Esse padrão precisava ser o mais objetivo possível. E a Classificação tornou possível distinguir situações e delinear prioridades para ações e projetos. Esse é o valor fundamental do levantamento: uma forma de determinar onde a necessidade é mais urgente.

O trabalho é renovado todos os anos pelo departamento de pesquisa da Portas Abertas Internacional e visa fundamentar as ações empreendidas no campo. Embora os métodos empregados na confecção da Classificação procurem ser o mais fidedignos possível, a lista não tem a pretensão de ser vista como um trabalho acadêmico strictu sensu. Desse modo, a Portas Abertas recomenda aos usuários que tomem a Classificação mais como um elemento de mobilização e conscientização do que como um relatório acadêmico.

Como a Classificação é formada

Ao chegar a um país, a Portas Abertas procura os cristãos locais e lhes pergunta como pode ajudá-los. Em 95% dos casos, esses cristãos pedem oração. O segundo pedido sempre é por Bíblias, materiais de estudo e treinamento.

A Portas Abertas seleciona os países que irá ajudar a partir dos seguintes critérios:

• A Igreja local pode extinguir-se caso não haja ajuda externa
• A obtenção de Bíblias não é possível por meios oficiais
• Existe possibilidade logística (condições de transporte, armazenagem e distribuição dos materiais)
• O país está em localização estratégica e recebeu a solicitação de irmãos locais

A Portas Abertas não atua nos 90 países pesquisados. Também não são necessariamente desenvolvidos projetos nos 50 países da lista, mas dentre os 90 países, cerca de 50 possuem projetos de campo sendo desenvolvidos pela Portas Abertas.

Atualmente, a pesquisa é realizada por meio de alguns contatos, mas a Portas Abertas Internacional está em vias de obter o apoio de um órgão externo que endossará a lista. A Classificação hoje é o resultado de um questionário específico, desenvolvido com perguntas padronizadas sobre:

• A situação legal dos cristãos no país
• A atitude do regime político em relação à comunidade cristã
• A liberdade da Igreja para organizar eventos
• O papel da Igreja na sociedade
• O tratamento de cristãos considerados individualmente
• Outros fatores limitadores da vida de igrejas e cristãos.

As respostas a essas questões oferecem um bom vislumbre sobre a falta de liberdade de opção religiosa e prática da fé. Há 49 questões desse tipo para serem respondidas. São perguntas de múltipla escolha e a cada resposta é atribuída uma avaliação em pontos.

Quanto mais pontos um país recebe, pior a situação. Dessa forma, a Portas Abertas resolveu o problema de comparar países entre si e montou uma lista com maior objetividade. Com uma rede internacional de informantes, a organização publica uma atualização da lista todos os anos.

Os dados são coletados por meio de alguns contatos:

• As igrejas locais nos países onde há perseguição, a fonte mais importante de informações
• As bases de projeto, que informam sobre os países onde trabalham
• Especialistas em várias áreas de conhecimento nesses países
• Viajantes, que são convidados a colaborar com suas impressões sobre a situação atual do país
• Funcionários da Portas Abertas Internacional, que levam o questionário em suas viagens e pedem a diversos contatos que o preencham.

O procedimento é executado desde 1993. Desde janeiro de 2003 a Classificação de países por perseguição é atualizada uma vez ao ano. fonte portas abertas